
– Chuva. –
Atualizado: 29 de jan. de 2020
Enquanto ela cai, eu me molho. Enquanto ela cai, eu imploro. Eu choro e rio, um rio, uma enchente, uma tempestade. Enquanto ela cai, eu me esqueço que poesia deveria rimar. Só lembro que a vida é pequena e deve se aproveitar. Deve-se degustar de cada pequeno segundo. Mesmo que uma gripe eu pegue, não vou me secar. Mesmo que de longe eu peque, vale a pena sonhar.
A chuva vai caindo e eu rindo me ponho a cantar.
Não há problemas, deles eu me esqueci.
Não há certezas, delas eu me despedi.
Deixo ela cair, me lavar, amar e libertar.
Faço louvação aos ‘deuses’.
Me faço chuva também.
Aqui está somente a chuva e eu.
Minha alma e o trovão.